terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

* Pneu no arame - precauções

          Há alguns anos atrás passei por uma situação de risco, isso aconteceu durante uma viagem de 7.500 km entre Brasil, Argentina e Chile. Foram meses se preparando para essa aventura, analisando cada item, tomei o cuidado de me preocupar com os mínimos detalhes, de certa forma, acabei exagerando em muitas coisas.

          Falhei numa situação, os pneus da moto estavam "meia vida", consultei algumas pessoas, entre elas lojistas, mecânicos e mechânicos, a opinião era unânime, o pneu aguenta traseiro aguenta, mas o dianteiro não.

          Bom, viajar para longas distâncias virou uma febre, mas há algum tempo isso não era tão comum, era difícil encontrar pessoas (inclusive redes sociais) que dessem orientações a cerca de todos os detalhes.

         Para ajudar, era raro encontrar à venda as medidas dos pneus da Midnight 950, os lojistas tinham que encomendar e demorava-se em media 20 dias para chegar, muitos acabavam utilizando uma medida diferente, o utilizado na Dragstar . 

          Levei comigo apenas um reserva do pneu dianteiro, não substitui o pneu traseiro. O detalhe que eu e muitos esqueceram de lembrar, é que parte da viagem seria na região do deserto do Atacama e parte do norte argentino, regiões de muito calor. Esse fator foi determinante para zerar o pneu traseiro, responsável pela carga maior de peso.

          O fato é que, ainda em solo argentino o pneu traseiro já estava no arame, estava na cidade de Posadas e sai logo cedo com destino a Curitiba, aproximadamente 930 Kms. Já em solo brasileiro parei em algumas cidades, mas nada de encontrar o pneu. 

          A noite chegou e ainda estava em Guarapuava, decidi tocar até Curitiba, tinha uns 250 km a vencer, viajei no período da noite andando entre 70 e 80 km por hora, cheguei em casa por volta das 22 horas. O susto foi grande, a partir daquela viagem passei a trocar pneus e relação da moto em viagens longas, as peças substituídas ficam guardadas e são utilizadas no retorno da viagem. 

          Fica aí o conselho, para viagens longas, substitua as peças "meia vida" de sua moto, pneus, correntes, pastilhas de freio, etc. Guarde as peças antigas para utiliza-las em seu retorno de viagem.

AT. O pneu dianteiro que levei acabou fazendo parte da paisagem, não houve a necessidade de troca.



          

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