A comercialização de peças usadas é um grande tabu no mundo de duas rodas, o principal atrativo para comprar essas peças está nos valores cobrados, de 35% a 50% mais baixos que os preços praticados em peças novas. A grande preocupação esta na origem, o receio de adquirir uma mercadoria roubada. Diante disso, muitos amigos motociclistas lançam campanhas em redes sociais com alertas do tipo: "A peça que você esta comprando pode ter como origem um motociclista assassinado". Como agir diante de tal situação?
O comércio de peças usadas é regulamentado pela lei 12.977/2014, entrou em vigor em 20/05/2015, a partir de então, toda empresa de desmontagem deve estar registrada no Departamento de Trânsito (Detran) de seu estado, ter inscrição nos órgãos fazendários e possuir alvará de funcionamento expedido pela autoridade local.
Para a comercialização dessas peças, as empresas devem ter o registro de entrada das mercadorias, bem como fornecer a nota fiscal de venda. Esta seria uma forma de tentar se precaver, adquirir peças apenas de empresas devidamente credenciadas juntos aos Detrans, exigindo a nota fiscal no ato da compra.
Mas e a compra via internet?
Uma forma de se garantir via internet é verificar a reputação de uma loja online através da qualidade do serviço prestado ao cliente. Isso pode se dar pelas avaliações da loja no próprio site e em sites de terceiros, como comparadores de preços, que possibilitam pesquisar o quão bem avaliada é uma loja.
Outra característica importante é a sua privacidade no site. Quando você acessar a página de saída do comerciante, o endereço em seu navegador deve começar com “https” em vez de apenas ‘http’. Quando você vê “https”, isso significa que a transação está sendo protegida de interceptação perigosas. Você deve ser capaz de ver um eTrust, VeriSign, HackerSafe, e outros selos de aplicação de privacidade para garantir a sua privacidade e sua segurança. Isso garante que seus dados não serão interceptados e usados por pessoas mal intencionadas.
Em sites como o Mercado Livre e OLX existe o controle por parte dos referidos sites, os vendedores possuem cadastro informando dados das pessoas e das empresas que efetuam as vendas, trazendo uma certa segurança aos usuários.
E a compra corpo a corpo?
Nesse caso o fator sorte fala mais alto, a não ser que você esteja comprando uma peça de alguém que você conheça, ou então de alguém que foi indicado por um amigo, caso contrário, é bom evitar.
Vale lembrar que não podemos ser radicais, afinal, muitos compram acessórios para suas motos e na hora da venda estes acessórios não agregam valores, fazendo com que seu proprietário tenha que vende-las separadamente. O cuidado é necessário, porque, como muitos dizem, a origem dessas peças pode ser de um amigo que fora assassinado.