quinta-feira, 8 de outubro de 2015

* Manutenção da moto

          Para obter um melhor rendimento de sua moto, é interessante estar de olho em alguns detalhes, vamos lá:
Motor

          Periodicamente verifique se existe pequenos vazamentos de óleo, confira também o nível do óleo e se for necessário complete. Procure seguir as recomendações do fabricante quando for efetuar a troca, eles recomendam trocar o óleo a certa quantidade de quilometragem, que pode ser a cada 1.000, 3.000 ou 5.000 km, sempre que trocar o óleo substitua  também  o filtro.

          No frasco de óleo você também encontra as classificações API de performance do óleo, por letras como SJ, SL e SM. Sendo de uma mesma viscosidade, um óleo API SL atende à uma classificação mais exigente que um API SJ, por exemplo (e assim por diante, em ordem alfabética). Você pode optar por um óleo de classificação API superior sempre que desejar, desde que respeite a indicação de viscosidade determinada pela fabricante da moto.

Corrente

          Manter a corrente sempre lubrificada é de extrema importância para a vida útil da relação, o
ideal é efetuar a lubrificação a cada 500 km, lubrificar não significa apenas adicionar mais lubrificante, é importante também fazer uma limpeza antes. Não esqueça de lubricá-la após trafegar em dias chuvosos, algumas marcas e tipos costumam sair com a água, o lubrificante mais recomendado para fazer a lubrificação é óleo do tipo SAE 80 ou 90, que é bem grosso. Uma outra opção é a graxa náutica, ela tem a vantagem de não sair com água.

          Conforme a moto ganha quilometragem, lentamente a corrente ganha folga. Com o tempo você notará que ela ficará abaulada para baixo. Quando essa folga for superior ao indicado no manual do proprietário (pode ser de 1,5 cm ou 2 cm, por exemplo), é preciso ajustá-la para não correr o risco de que se solte da coroa com a moto em movimento. Use um dedo ou chave de fenda para empurrar a corrente para baixo e ver quanto cede. O jogo de ferramentas original é suficiente para esticar a corrente e o procedimento está também no manual do proprietário. Basicamente, é feito soltando o eixo traseiro e o afastando para trás no braço oscilante da suspensão, junto com a roda. O aperto em excesso pode causar o rompimento. Cheque a folga a cada 1.000 km.

Combustível

         Usar combustível de boa qualidade é fundamental. Evite receitas caseiras que misturam combustíveis diferentes. Utilize apenas o combustível específico para sua moto. Uma dica é evitar completar o tanque além da marca indicada.

Cabos

          Confira os cabos de acelerador e embreagem periodicamente, o rompimento ou quebra pode acarretar problemas de segurança. No caso do cabo do freio dianteiro a tambor e da embreagem, afaste o guarda-pó de borracha dos manetes e espie o estado dos cabos de aço, se eles estiverem desfiados você deverá providenciar a troca, já o cabo de acelerador você deverá levar para sua oficina de confiança.

Freios

          Existem dois modelos de freios: 

Tambor: Esse modelo é simples, porém menos eficaz, mas se ajustado e bem regulados eles atendem
adequadamente, a sua manutenção é mais barata, você deve sempre manter ajustado a folga do cabo ou do varão de acionamento do freio. No freio dianteiro é recomendável observar o estado do cabo de acionamento, sempre mantendo a lubrificação. Caso entre água no tambor, as lonas podem acumular sujeira e gerar ruídos durante a frenagem. Isso não é um problema, mas exige atenção e com o tempo a devida manutenção. O ajuste do freio a tambor é necessário conforme as sapatas se desgastam e a folga se torna superior a 3 cm até que o freio seja acionado quando pisamos no pedal.

Disco :  No modelo a disco, por ser hidráulico, ele se auto-ajusta, mas é preciso conferir sempre o nível de fluido do reservatório, geralmente no guidão. Muitas vezes, quando o nível baixar não será indício de que o fluido vazou e sim que está na hora de trocar as pastilhas. No caso do sistema a disco, é possível ver se as pastilhas estão próximas ao limite ficando de frente para a roda. As pastilhas são formadas por uma base metálica (por onde ficam presas à pinça de freio) e pelo material de atrito, que visualmente é um “degrau” que fica em contato com o disco. Ele não pode estar com menos de 1 milímetro de espessura, e é ideal verificar até cada 1.000 km. Não deixe a pastilha acabar, porque essa economia sai caro: se a base metálica entrar em contato com o disco, vai danificá-lo e você precisará comprar um novo. Já nos modelos a tambor há indicadores do limite de ajuste das sapatas. 

           Por se tratar de um item de segurança, a sua manutenção deve ser feita sempre de 15 em 15 dias, dependendo o uso da motocicleta.

Vela de ignição

          Verificar as velas de vez em quando traz uma economia ao bolso, quando gasta, ela aumenta o
consumo de combustível e também aumenta a emissão de poluentes. A vela de ignição produz a faísca na mistura ar-combustível dentro do motor, é isso que faz a sua moto andar. Troque-as de acordo com a indicação do manual e verifique seu estado a cada 3.000 km. A folga entre os eletrodos deve ter em média 0,8 milímetro e precisa ser ajustada quando se compra uma vela nova.

Elétrica

          Uma dica para saber se está tudo em ordem com a parte elétrica é, antes de utilizar a motocicleta, verificar se todas as luzes, setas e buzina estão funcionando adequadamente. Veja também o estado geral dos cabos de vela e o cachimbo, peça ligada à vela de ignição. Um determinado modelo pode ter um sistema mais complexo, dotado de diversos recursos, mas independente disso, o que o condutor nunca deve deixar de examinar é a bateria. Ao menos uma vez a cada seis meses o nível da água da bateria deve ser verificado.

          Alguns indícios podem denunciar a falta de solução na bateria como, por exemplo, quando o farol enfraquece em marcha lenta e fica forte ao acelerar ou quando o pisca é acionado e a luz em geral pisca junto. Se isso ocorrer, é sinal de que a bateria está enfraquecendo e precisa urgentemente completar o nível da solução. Ao deixar a bateria sem água por muito tempo, de uma hora para outra o condutor pode ficar na mão. Como algumas motos não contam com o pedal de partida, o motociclista poderá ficar a pé.

Bateria

          Algumas baterias não são seladas e precisam ter o nível de água completado de vez em quando.água destilada (não use água de torneira). Você irá encontrar água destilada em postos de combustíveis e farmácias. No verão, em regiões quentes ou em motos que passam o dia estacionadas sob o sol, essa verificação tem de ser mais frequente.
Você deve observar o limitador existente na lateral da bateria, são as marcas “mínimo” e “máximo”. Desligue a bateria (solte primeiro o pólo negativo), retire-a da moto, abra todas as tampinhas e complete o nível com

          Outra manutenção prevista nas baterias é a limpeza dos pólos.

Filtros de Ar

          É importante conferir também o filtro de ar. Veja no manual o período indicado para troca, mas se for o caso de trafegar por estradas de terra, por exemplo, o intervalo deverá ser reduzido. Se a motocicleta for equipada com o filtro de ar do tipo viscoso, nunca tente limpá-lo, pois isso irá danificá-lo.

Pneus

          Procure manter os pneus sempre calibrados, assim ele terá uma melhor aderência ao solo dando uma maior segurança para quem pilota. A calibragem varia de acordo com as medidas do pneu, as especificações de calibragem estão fixadas na moto, indicando inclusivo a calibragem necessária para quando se esta com uma garupa ou carregando baus e bauletos cheios.

          Você deve cuidar para não calibrar em excesso, conforme o pneu esquenta ele pode aumentar em 6 libras a calibragem por conta da dilatação do ar. Alguns postos de gasolina oferecem calibrador com nitrogênio.

          Mesmo que os pneus ainda não estejam gastos, precisam ser trocados se completarem cinco anos. O problema é que a borracha enrijece e resseca com o passar dos anos, e isso diminui a capacidade de aderir ao asfalto, o que pode causar derrapagens. A resistência dos pneus dependem muito do seu modelo, existem pneus que duram em média 11.000 km e outros que ultrapassam os 20.000 km, nesse caso é interessante ver as especificações de cada marca.

Aparência

          Diferentemente dos automóveis, a motocicleta expõe muito mais o seu chassi e certas peças metálicas, o que pode facilitar o surgimento de pontos de ferrugem. Para evitar que isso ocorra, lave a moto periodicamente. Não remova a poeira com um pano seco, pois a pintura poderá ficar riscada.

          Na lavagem não utilize equipamentos de alta pressão, pois o jato forte e direto pode danificar partes, retirar lubrificantes ou estragar a pintura. Lembre-se da não utilizar produtos abrasivos e solventes, pois danificam as peças plásticas, de borracha e, até mesmo, as metálicas.

          Em regiões litorâneas, o contato com a maresia e umidade é mais intenso, portanto, se utilizar a motocicleta com certa freqüência nessas regiões, as lavagens devem ser mais constantes. O ideal seria uma vez por semana, para remover os elementos agressivos e evitar oxidação. Logo em seguida, não esqueça as lubrificações, fundamentais para evitar o acúmulo de sal.

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