Uma notícia triste nos chega nessa semana, um carioca de 62 anos veio a óbito quando estava nas proximidades de Purmamarca. De acordo com socorristas locais, o brasileiro teria sofrido uma parada cardiorrespiratória quando estava a caminho de San Pedro de Atacama. A causa provável teria sido os fortes ventos que teriam desestabilizado o motociclista que por sinal era hipertenso, embora estivesse devidamente medicado. Deixamos de mencionar o nome em respeito à família e amigos, uma vez que iremos tratar do assunto mais abaixo.
A Cordilheira dos Andes é cercada por histórias, encantos, belezas, alegrias, mas também tristezas. Fazer a travessia não é tão complicado, mas exige alguns cuidados. Um dos cuidados principais é o planejamento, embora muitos gostem de jogar as mochilas na moto e pegar a estrada, uma viagem para a Cordilheira requer planejamento, ou no minimo viajar com alguém que já realizou a viagem para aqueles lados.
Anualmente levamos grupos de motociclistas ao Andes, para isso, fechamos com certa antecedência e então realizamos reuniões e passamos orientações sobre o que é atravessar os Andes.
Quando indicamos aos turistas que comprem caramelos de coca ou folhas de coca para realizar a travessia, muitas vezes somos ironizados, dizem que é mito e que se chuparmos qualquer bala o efeito será o mesmo, infelizmente não, o "Mal de Soroche" é uma realidade e seu alivio imediato vem através da folha de coca.
A velocidade é outro fator, atravessar a cordilheira deve ser de forma lenta e com algumas paradas, para que o organismo vá se acostumando com as mudanças, alguém pode falar que isso é frescura, que nunca teve problema algum, ok, mas existem pessoas e pessoas, algumas possuem uma sensibilidade maior para essas mudanças. Além do que, que graça tem você atravessa-la em alta velocidade??
Na região de Paso de Jama por exemplo, a orientação é que se faça a travessia até as 15h, a partir desse momento a viagem pode se complicar, pois, após a travessia o turista continua subindo a cordilheira, chegando a uma altitude de mais de 4.800 m acima do mar, com o risco da temperatura despencar com a chegada da noite.
Reforçamos a necessidade de planejar a viagem, conhecer os detalhes de cada lugar, conversar com pessoas que já estiveram por lá e que possam dar dicas, isso ajudará em muito a sua viagem.
Reforçamos a necessidade de planejar a viagem, conhecer os detalhes de cada lugar, conversar com pessoas que já estiveram por lá e que possam dar dicas, isso ajudará em muito a sua viagem.
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Concordo plenamente que deve haver um planejamento antes de qualquer viajem, principalmente de moto.
ResponderExcluirSó para constar, nosso irmão de motoclube, citado nesta manchete era muito experiente e esta era a quarta vez que passava por esta estrada. Eu estava nessa expedição com ele, assim como outros 10 integrantes, a expedição foi muito bem planejada, super bem programada e conhecíamos muito bem as adversidades que nos esperavam. Não estávamos a caminho de San Pedro de Atacama e sim retornando, aliás, estávamos retornando de Cusco no Peru. Saindo de San Pedro, pegamos 5,5 graus negativos na subida do Paso de Jama, o que não foi nenhum absurdo perto dos mais de 10 negativos que enfrentamos em 2014, em seguida, atravessamos uma severa tempestade de areia por uns 20 quilômetros. Tudo isso foi superado com maestria, porém, ao chegarmos em Purmamarca, em frente ao hotel, nosso irmão se sentiu mal, deitou-se e faleceu. Não há confirmação nenhuma de que a causa tenha sido por problemas cardíacos, pelo contrário, em nosso grupo tínhamos um irmão cardiologista que prestou os primeiros socorros por incansáveis 40 minutos até a chegada da ambulância que tinha uma equipe composta por dois socorristas e motorista. Nosso amigo já estava em óbito neste momento. Quem declarou óbito por problemas cardíacos foi a equipe da ambulância que nem médico tinha e que assim informou para as autoridades locais. Então, discordo de sua afirmação em que "A causa provável teria sido os fortes ventos que teriam desestabilizado o motociclista que por sinal era hipertenso", sinceramente desnecessária.
ResponderExcluirFernando Gonçalves - Harley's Dogs MC / Rio de Janeiro - RJ
faço destas as minhas palavras, um site conceituado como este, caso queria utilizar uma fatalidade como exemplo, deveria pesquisar mais os fatos, e ter mais cuidado na escrita, não noa agradou dar a ideia de que o motociclista em questao era despreparado e inesperiente. O mesmo era atleta e tinha habitos saudaveis na alimentacao e nao bebia. Era o ultimo que poderíamos imaginar acontecer uma tragédia desta. Fora sua experiencia neste trajeto e outras viagens pelo mundo.
ExcluirLuiz Claudio - Motociclista RJ
Peço desculpas aos nobres colegas, mas em momento algum citei o fato de que ele não estivesse preparado, peço que apontem qual o paragrafo que citei isso no entendimento de vocês.
ExcluirSe quer citamos o nome em respeito à família - o alerta apenas foi para que antes de viajarem para essas regiões é interessante pesquisar todas as condições. Em nossa ultima expedição tivemos a situação de uma integrante ter o principio de Mal de Puno, mesmo sendo atleta aqui em Curitiba - a intenção foi somente então chamar a atenção de que é necessário tomar cuidados e ainda assim não estamos livres de tal situação. Um abraço e meu sincero respeito.
Rogerio Boschini